terça-feira, 26 de abril de 2011

coisas

Ontem ela não dormiu, teve uma terrível insónia. De manhã, só pensava em como estava cansada e desejava urgentemente chegar sã e salva a casa. O dia foi menos doloroso do que tinha imaginado, passou a uma velocidade normal. O F. fazia anos. No final do dia perguntou a alguns colegas de trabalho se queriam ir beber um copo depois do trabalho. Ela aceitou. A anterior urgência para chegar a casa passou a moderada urgência e depois para algo que não era assim tão urgente. Foram uns bons momentos de convívio. Ela continuava sem conseguir lê-lo, às vezes haviam sinais, outras vezes ela achava que era tudo imaginação dela. Mas no fundo, ela sabia que eles tinham demasiadas coisas em comum, será que também sentiam o mesmo? Desejou muito receber uma mensagem dele, o que não aconteceu. Então, na curiosidade de ter uma confirmação de um nada qualquer, enviou ela uma mensagem "Muitos Parabéns F. Gostei muito do bocadinho". Ela hesitou bastante antes de enviar a mensagem.. mas depois de reflectir que aquelas palavras não iriam prejudicar, na perspectiva dela, a relação profissional com o F. e enviou. Ela tinha aquele pensamento de que se deve tentar sempre, nunca desistir, seguir  a intuição, neste caso de forma delicada e pensada. Ele não respondeu. Ela não se importou, pois teve a confirmação que precisava. Entretanto, passaram 6 meses desde que ela se apaixonou pela primeira vez por ele. Ela não é pessoa de desistir, mas também não é pessoa de correr atrás quando não há reciprocidade. Mas tanbém não desistiu sem tentar.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

demasiado

Tinha chegado a casa com o peso do mundo às costas...sentia um vazio tremendo.O amor doía-lhe demasiado. Apetecia-lhe tirar a alma e descansar o corpo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ultimamente

Ultimamente ela andava mais feliz, menos perdida, a vida ia ficando mais leve.Tinha decidido esquecê-lo. Passava menos tempo no local de trabalho. Agora ia almoçar a casa. Isso fazia-a feliz, apesar de ser em parte mais cansativo,dava-lhe mais liberdade. Apesar disso, continuava a cruzar-se com ele nos interstícios do dia. Até tinham os mesmos gostos no vestir, hoje foram os dois com uma camisola preta às riscas brancas..coincidências. Às vezes ela ria por dentro.Quando falava com ele, ela amáva-o. Amava-o também no silêncio que se fazia às vezes entre os dois. Era um silêncio incomodativo, agitava-os, eles não podiam fazer nada. Ela às vezes não tinha dúvidas que ele era a metade dela. Nunca tinha encontrado ninguém com tantas coisas aparentemente iguais. À noite sonhava com ele, sonhava que finalmente cediam e se beijavam. Não era fácil esquecê-lo, mas agora ela encarava o que sentia lá dentro com uma naturalidade primaveril. Já não ficava tão agoniada e com a barriga às voltas, com suores frios. Apesar do grande amor que estava lá dentro, ela mentalizou-se que era algo que não se podia concretizar e tinha que viver com isso. Era bom apenas olhar para ele...era bom sentir o que sentia. Nem sempre se consegue sentir assim. É preciso não estar à espera para acontecer.