quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Emoções sem-com

Estas últimas duas semanas apesar de, no geral, serem positivas. Apesar de ela não conseguir ver isso neste momento, foram de certa forma intermináveis. Sim, descansa mais, sente-se, quase pela primeira vez, sozinha, e ela que é uma pessoa que sabe, gosta e está habituada a estar sozinha. Desde que começou a tomar os comprimidos para dormir, e que não a  fazem dormir, deixam-na num estado de...depressão profunda, agora sabe o que isso é, enjoada, mal-humorada, sem paciência, a pensar..., tudo perde sentido. Sim, o corpo tem que se habituar a este tipo de medicação, mas. Gostava de fazer como o outro senhor que também não conseguia dormir e foi para uma clínica de sono e dormiu uns dias seguidos e depois voltou OK. Se fosse assim...Às vezes põe-se a pensar como é que uma coisa tão simples, como dormir, pode ser tão difícil e doloroso. Há dias em que nem pode olhar para a cama. Vazio e tristeza é o que sente, já nem consegue fazer um esforço para disfarçar...espera que o karma na próxima vida seja mais leve.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

(re)começo talvez

Recorda-se que a última vez que escreveu foi para variar a meio de uma insónia e já a chegar ao limite dos limites. Nessa noite não dormiu,conduziu uma hora e tal até ao trabalho e conseguiu ao final da tarde chegar bem a casa. Arriscou muito nesse dia. Desde então, algumas coisas mudaram. já não faz as viagens intermináveis há uma semana. Sente que tem mais energia. Foi ao médico, neste caso, à médica. Tinha uma médica nova, que queria curá-la,descobrir o problema dela. Pela primeira vez, alguém se interessava em descobrir a sombra que a perturba. Agora, toma uns comprimidos para modular o sono e para a tornar mais feliz. Ela sempre fora uma rapariga pacata, na dela, com um mundo interior maior que o exterior. Mas agora sentia-se desinteressada. As coisas já não lhe interessavam tanto. Muitas vezes tinha que fazer um esforço, obrigar-se a sair de casa às vezes, a não deixar de fazer as coisas. Andava assim, tinha perdido o interesse pelas coisas e isso preocupava-a, sentia-se a morrer lentamente. 4 meses e tal de cansaço extremo consumiram-na, foi como se a energia dela estivesse quase sempre no vermelho. Fisicamente e psicologicamente esgotante. Hoje perguntava-se como tinha aguentado aquelas viagens sem fim todos os dias, duas vezes ao dia. Às vezes, há coisas que nos movem e não sabemos de onde vêm. Aprendeu a lição. Quase que ía dando cabo da vida. Ainda não sabe sevai conseguir recuperar. Uns dias pensa que sim. Que isto ainda vai valer a pena, outros não. Já dormia melhor, pelo menos na maioria dos dias. Ontem não conseguiu dormir, tomou o comprimido SOS, não sabe se dormiu 1 ou 2 horas ou 20 minutos. Não viu as horas, pois isso causava-lhe mais ansiedade. Hoje não sabe se vai conseguir dormir, também não lhe interessava...Ela pensava que no dia em que deixasse de se preocupar, que se tinha perdido. Se calhar era o contrário, ela precisava de se deixar de preocupar, de pensar em tudo, de fazer planos de imaginar, de tudo o que lhe enchia a cabeça de tudo e nada, do futuro, que vem lnge , mas que ela vivia diariamente.
Ela precisava muito de ter escrito isto, fica mais leve depois de despejar a alma.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Isto não podia continuar assim. Estava no limite. Todos os planos que tinha vindo a fazer começam a desintegrar-se lentamente. Já não pratica a ilustração há mais de um mês. não tem vontade, nem tempo, nem cabeça para o sonho dela. O que é que se estava a passar? Tudo perdia sentido. Eram as coisas normais da vida e para ela eram só impedimentos. 5 da manhã. 2 horas para acordar. Sentia a vida a escapar-lhe lentamente. Já não parecia ela. A pele esbatida, o cabelo sem brilho, olheiras e despersonalização.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Nessa noite não conseguiu dormir. Não conseguiu ir trabalhar.
Hoje a história repete-se, apesar do grande cansaço, e quase a adormecer, o coração disparou, uma ansiedade brutal saida não sei de onde. Frio, calor, suores, dores de barriga. Decidiu não tomar nada. Estava farta de andar sem energia e dopada  no day after. Perdia aos poucos a vontade de ir trabalhar.Quando dormia bem,  até andava bem disposta. Quando não dormia, a vida custava-lhe muito. Eram quase 4 da manhã, ela levantava-se daqui a 3 horas e uma viagem de hora e tal. Ela pensa que não vai conseguir. Mais um dia perdido. Tudo isto porque ela vivia o futuro intensamente.