segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Insonia terrível de domingo

Ela não tinha força para escrever. Estava demasiado cansada,  mas obrigava-se a isso pois já tinha tentado quase tudo. Uma sensação de impotência. A mente está desfazada do corpo. É um tormento. Durante a semana devido ao excessivo cansaço normalmente ela dorme. Hoje sem razaão aparente  fecha os olhos mas não dorme.Quando é que isto vai acabar..

domingo, 27 de novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

bitter sweetener

Ela precisava de escrever com urgência. Andava tudo estagnado e confuso lá dentro. Já tinha passado um ano, um ano a amá-lo com altos e baixos, com esperança e sem esperar nada. Tentou esquecê-lo de várias formas, muitas tentativas, até que se deixou ir...começou a ignorar o que sentia. (Inconscientemente) ignorava-o. Às vezes parecia que estava chateada com ele, mas era tanto o contrário. Ela amava-o, mas não podia amá-lo, por tantas razões. Às vezes desejava que ele falasse nela, isso magoava-a profundamente e ao mesmo tempo prendia-a à terra e abafava-lhe as emoções.Era mesmo assim. Às vezes ela sentia a presença dele nas viagens de regresso a casa, ele estava em todo o lado, principalmente nela. Era uma tortura diária. Amar e não poder tocar, sentir, abraçar.Incompatibilidades da vida.

domingo, 6 de novembro de 2011

Coisas volatéis

Já não escrevia há muito tempo. Mas apetecia-lhe escrever muitas vezes. Não escrevia por preguiça ou cansaço ou porque simplesmente tinha passado o momento. Ao reler a última mensagem, apercebeu-se de como as coisas eram praticamente definitivas naquela altura. Passado uns dias tudo mudou. Impressionante. Já tinha tomado uma decisão: ou mudava e ficava ou mudava. Depois de uma semana atribulada de emoções, mudou e ficou. Sem querer tinha ficado mais perto dele, isso fazia-a feliz e magoava-a. Ultimamente magoava-a mais, sem saber...Isto são sub-mundos do sentir, ninguém via ou imaginava o que ia lá dentro, só ela sentia e sabia. À parte desse submundo, tudo corria bem. Sentia-se muito abençoada e afortunada pelo que tinha.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vissicitudes

Escrever sossegava-a. Normalmente recorria à escrita para a acalmar. O coração estava apertado. Ela escrevia para desafogar. Muitas coisas mudaram. Fisícamente e psicologicamente. Tinha deixado a casa em que vivia e que tinha pensado ser o cantinho dela. Há quase um ano atrás, pensava ter encontrado o espaço dela acompanhado de um emprego que gostava, na altura. Agora tudo isso dava cabo dela. Saiu tudo ao contrário. Mas uma vez não era ali que se ia encontrar. Onde seria? Tinha que continuar a procura. Tem dois meses  para encontrar novo rumo. A paixão passou. Substituiu um amor impossível por outro e isso bastou para mudar de sintonia. Olhava para ele, e já não o via. Isso permitia-lhe o afastamento. Ela estava ali, mas era como se já não estivesse. Nada a prendia aquele sítio. Ela não tinha a calma das pessoas normais. Muitas vezes sentia a vida a fugir-lhe para outros lados. Já nada a prendia ali, a não ser aquelas tarefas rotineiras em busca de um salário no final do mês. Sentia-se presa. Presa a nada e a tudo. Ela tinha os próximos sonhos mais impressos do que nunca e esta era a única maneira possível por agora. Eram as vissicitudes de uma vida de adulto.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ela não gostava de ver a casa a ficar vazia. Apetecia-lhe arrumar tudo o que faltava e ir embora. Era demasiado triste. Ela tanto tinha aversão à mudança, como precisava dela para sobreviver. Neste momento, eram as duas coisas. Este sítio já não tinha nada para ela. Era como se a corda que fora grossa e forte há uns meses atrás se estivesse a desfiar a cada dia que passa. Não, ainda não era agora que ia assentar e ficar. Não. Qualquer coisa a empurrava para o verdadeiro sonho dela. E ela não podia fazer nada, senão ir.

sábado, 20 de agosto de 2011

Lost

Ela já não sabia nada. Sentia-se perdida. Impotente. Era capaz de fazer as maiores loucuras por Amor.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

delA

Saiu do trabalho que a esvaziava e voou até à praia. Tinha descoberto um agradável barzinho de madeira junto à praia. Pegou no livro e entrou. A sala com as janelas cheias de mar estava vazia. Sentou-se e contemplou o mar, a areia, o sol. Pediu algo para beber e comer e começou a ler. O livro era delicioso. Ela costumava sublinhar as linhas com as quais se identificava. Eram quase todas. Era capaz de ler este livro várias vezes ao longo da vida….o livro dos homens sem luz. Fumou um cigarro. Ela adorava aqueles momentos de descontracção. Eram os momentos dela. Em frente à praia, viu alguém a vir em direcção ao bar…ela não conseguia vê-lo nitidamente, o sol encadeava-a, via uma espécie de sombra. Parecia ele, o andar dele, as mãos dele, a expressão dele. O coração disparou perante essa possibilidade. Tentou voltar ao livro. Não conseguiu. Desconcentração. Pegou nas coisas e saiu com coração nas mãos.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Voltar

Ela deitou-se relativamente cedo. Tinha os pés gelados. Calçou umas meias quentes e colocou sobre a cama a manta quentinha e o robe de Inverno por cima. Os pés não aqueciam. Foi buscar o maravilhoso saco de sementes, que já não usava há uns meses. Isto tinha um nome. Ansiedade. Hoje teve um clique, de manhã, e passou o dia a correr de um lado para o outro a perseguir os sonhos. São 4 e 20 da manhã e ela ainda não dormiu. Já bebeu chá. Folhas de laranjeira. 3. Viu televisão. Enfeitou o bolo de aniversário, que estava programado para as 7 da manhã, antes de voltar ao trabalho, depois de 3 semanas de férias. Isso custava-lhe. A magia perdeu-se num canto qualquer do edifício azul. Restavam os colegas e amigos. Ela tinha saudades disso. Do trabalho não. Em relação a ele. Bem, não há ele, para começar. Longe da vista, longe do coração. É bem verdade. No dia seguinte sentiu uma saudade penosa. Foi um dia triste para ela. Ainda não tinha entrado no modo Férias. A partir daí tudo fluiu. Organizou os pensamentos, tomou decisões. Resolveu seguir em frente. Esquecer o que tem que ser esquecido. Não alimentar falsas esperanças. Aproveitar agora que quase se conseguiu curar. Não é assim tão difícil, estando longe.                             Por último, faltava escrever. E ela escreveu.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Era o primeiro dia de férias dela e ela já se sentia incompleta. Sentia a falta dele.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Ela sentia-se longe dele. Ele falava dela. Ela ouvia e disfaçava a tristeza.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mudança

A mudança continuava a ser uma constante na vida dela. Agora que ela tinha amarras presas a este solo. Tinha que mudar. Assim, inesperadamente. Ela tinha pressentido isto há algum tempo. Mas depois passou, pensou que não era nada. mas afinal, confirmou-se. São 2h40 da manhã e ela não consegue dormir. Ainda está a digerir  tudo. Esta era a casa dos sonhos dela. Nunca a tinha imaginado assim. Mas sentia-se confortavelmente bem aqui.  E agora tinha que ir. Ela apegava-se com facilidade  às coisas que gostava. Quando chegava a casa gostava de contemplar o pôr-do-sol e olhar para a torre que ía ficando com tons de luz diferentes. Mas a ideia da mudança também a cativava. A vida dela tinha sido sempre assim, a mudar.

sábado, 2 de julho de 2011

À flor da pele

Tinha que se levantar daqui a umas horas...e a insónia veio. Instalou-se, não conseguiu fazer a transição para o mundo dos sonhos. Tinham passado oito meses desde que se tinha apaixonado pela primeira vez. E todos os dias tinha que abafar isso. Era difícil conter aquela vontade de estar mais perto dele, de se preocupar. Desejava encostar a pele dela à dele. Absorvia-o ao longe. Não havia um momento em que ele não estivesse no pensamento dela. Hoje pensou em contar a alguém. Desabafar. Pôr o que lhe ía na alma para fora. Expor-se. Despir-se dele.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ela fazia biscoitos de gengibre para chamar o amor. Aquilo que sentia estava cada vez mais presente de dia para dia, só ia descobrindo formas diferentes de lidar com isso. Nunca esteve tão próxima de alguém, mesmo não estando.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ela tinha-o impresso na mente. Os olhos, a pele, as marcas na pele, o sinal, o nariz, as feições, as rugas, os lábios, o sorriso. Esta semana estava a ser intensa dele. Isso atordoava-a.
Ela não conseguia olhar para ele porque tinha medo de beijá-lo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

hoje

Hoje estiveram tão perto que se podiam ter beijado. Ela escutava-o com atenção e só conseguia olhar para a boca, os olhos, a pele. De vez em quando desviava o olhar. Era demasiado. Sentiu-se.

domingo das insónias

Ela já sabia que ía ser difícil adormecer. Então tomou algo para acalmar lá dentro. Ela não sabia porque é que isso acontecia, não via motivos para tal. Sentia-se bem no trabalho, inconscientemente alguma coisa a perturbava.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

As primeiras férias

Apesar de já ter tido férias noutras alturas, estas sabiam-lhe às primeiras. Estava na casinha dela. Apesar de serem férias, trataram-se de assuntos pendentes...carro, médico, exames. Visitaram-se amigos e regressou-se à base. Ter mudado de ares, acalmou-lhe o coração. Já não sabia se sentia a falta dele. Sentia a falta de algo, é certo.

sábado, 4 de junho de 2011

equlíbrio

Na manhã seguinte sentiu uma raiva dela própria por ser tão tonta. De acreditar em sonhos e fantasias. De se deixar enebriar pelo que sentia. Ficou desconsertada. Mas apesar de saber que não havia nada ali, não conseguia deixar de amá-lo. Às vezes não conseguia perceber certas coisas, a fotografia, o olhar que não mente. As palavras meigas. O ar rude. A preocupação. A namorada que parecia não existir. Por um  lado ela queria tudo, por outro não queria nada. Pois assim bastava, senão a balança ficava desequilibrada.

demasiado

Foi até à praia, era um previlégio trabalhar a uns kilómetros da praia. Levou com ela companhia, um bloco de desenho, um mapa e um livro. A praia estava cheia, ela passou  ao lado e dirigiu-se para um porto de abrigo. Um paraíso à beira mar, que provavelmente tinha aberto há um dia atrás e estava deserto, exactamente como ela tinha desejado. Um recanto no meio da multidão.E aí ficou algumas horas a desenhar e a ouvir o som do mar. O empregado de mesa, sorria de vez em quando, ela sorria também. Levantou-se e foi até à praia que estava quase deserta...maravilhoso. Sentou-se encostada ao muro a olhar para o mar e a procurar no mapa as próximas praias perto dali que ía explorar. Já não devia faltar muito para o sol se pôr. Leu um pouco ao som das ondas e aconchegada pelo calor. O sol já estava a descer lentamente ela foi andar junto à praia, poucos eram os que esperavam pelo momento da noite chegar, caminhou, fotografou, molhou os pés, respirou o pôr do sol e agradeceu. Já com a noite a cair, voltou, caminhou na areia. Ao sair da praia, olhou para um estranho que estava dentro de um café, não o conseguia ver nitidamente, a cortina semi-opaca escondia. Ele também olhava para ela, mas ela não o conseguia ver, mas sabia que era ele. O frio que sentia, passou a calor, o coração disparou desalmadamente, apressou-se e desapareceu dali o quanto antes, era demasiado. Entrou no carro e foi para casa com uma vontade de rir e de chorar e de gritar de amor.

sábado, 28 de maio de 2011

perdida-encontrada

Ela dormiu bem esta semana, até bastante bem. Depois de pousar o livro em cima da cama e de desligar a luz da mesa junto à cama, apagava ela também. Andava cansada. Vivia mais e isso tirava-lhe energia, mas dava-lhe sentido à vida. Às vezes, não se lembrava como tinha chegado a casa, andava aluada, distraída, completamente apaixonada. A paixão é como uma droga, não é? Cada vez o amava mais e cada vez procurava mais provas para não o poder amar. Era complicado ou demasiado simples. Haviam sinais mais fortes, mas a dúvida pairava sempre na mente dela, até haverem provas concretas. Ela sabia que se aquilo passasse a ser real, a magia quebrava-se. O encanto do desconhecido desaparecia. Ela acreditava que se tivesse que acontecer, acontecia e aceitava isso. Se não tivesse que acontecer é porque não era suposto acontecer, não estava destinado. Ela acreditava nessas coisas...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

o chamado nectar dos deuses

Ao quarto copo de vinho, ela sentia-se capaz de tudo, capaz de realizar todos os desejos. Porque não? O que é que a impedia? ela. nada.tudo. era capaz de fugir com ele para qualquer lado...sentia-se capaz de tudo...perguntar-lhe: Que fazes amanhã? Vamos até ao festival islâmico de Mértola? Coisas loucas deste género  passavam-lhe pela cabeça. O álcool...tinha que ter cuidado. Controlo da mente. Não fazer somente o que lhe apetecia. Infelizmente, tinha que pensar no amanhã. Apetecia-lhe arriscar tudo ou simplesmente confirmar o já confirmado. [Dois crepes chineses no forno + 5º copo de vinho]. Ela estava a precisar tanto disto...És tão controlado...porquê? [6ºcopo de vinho]

fim de tarde

Ela precisava de se enebriar. Todos os dias aprendia a amá-lo mais. A conhecer os bocadinhos que ele deixava perdidos no ar. Ele não dizia nada, o olhar dizia tudo. Mas também dizia que não podia ser. Ela às vezes esperava que o telefone tocasse. Mas nunca tocava, nem ia tocar. Ela sabia. Mas mesmo assim tinha esperança. A dor de amá-lo consumia-a, o peito ficava apertado. Imaginava, que no último dia que ali estiver lhe sussurraria ao ouvido: "Amei-te todos os dias, desde o primeiro dia que te vi". Sente a face dele, o pescoço, roça neles devagarinho. ela deseja-o muito. Ela já nem disfarça, não vale a pena. Ninguém repara. Ela apesar de não disfarçar, é discreta. Ela às vezes diz parvoíces, às vezes está feliz, ele não diz nada, só observa. Ela gosta de sentir isto, fá-la sentir mais viva, mas ao mesmo tempo...quando é demasiado doloroso foge dele.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A última noite

Foi ao cinema. Soube-lhe bem. Identificou-se um pouco. Gosta de filmes assim, dramas com um cheirinho de romance e muita paixão, sentimentos e emoções à flor da pele. Chorou. Mexeu com ela. Sentiu-se compreendida pelas personagens, pelo argumentista, pelo realizador. Adorou a banda sonora. Ela gostava de bandas sonoras. Adorou cada bocadinho, cada pausa, cada instante, cada suspiro, cada anseio, cada beijo roubado, cada gesto, cada sorriso, cada olhar, o filme tinha tudo na proporção correcta, era genial. Ela gostou muito. Chegou a casa já tarde, tomou um comprimido, fez um chá de cidreira e foi dormir.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

day after

os dias em que ela andava assim "fora da realidade" devido à ausência de sono, corriam bem, eram até quase dias felizes, passavam rápido. Hoje ela ficou a fazer mais horas para acabar o projecto que tinha de concluir nos próximos dias. Tentava conjugar tudo. Ela era assim, entregava-se a 200 porcento às coisas que gostava e este trabalho estava-lhe a dar especial prazer. Ficou cansada até à exaustão. Chegou a casa e tomou um banho de água quase fria, soube-lhe maravilhosamente. Estava um calor abafado, calor de trovoada. Depois de tudo feito, pegou nas bolas chinesas e brincou com elas na esperança de desbloquear canais de energia. Abriu os cortinados da sala,estava a trovejar lentamente e de vez em quandoa luz emanava do céu como um flash. Ela gostava de trovoada. Ela precisava de dormir duas noites numa só.O tempo parecia relativo, a temperatura corporal dela aumentava quando não dormia. Sentia-se fora dela, mas estava segura em casa. Era sempre um desafio chegar bem a casa. De vez em qundo vislumbrava a luz que vinha do céu. Em breve iria descansar.

3:13

Já se estava a tornar um hábito...vir escrever aos domingos, ou melhor, madrugada de segunda-feira. Quando está  quase a desmaiar de sono, aparece uma ansiedade que a deixa a tremer dos pés à cabeça. O coração começa a bater desalmadamente. Ela abre a gaveta da mesa de cabeceira e tira metade de um comprimido para a ansiedade e toma-o. Sente logo o efeito placebo, aquele gesto acalma-a. Escrever também a acalma. Ela não sabe de onde vem aquela inquietação de domingo à noite... não tem a ver com o trabalho, pois tem-se sentido bem ali, sente-se em família e gosta. Será que esta inquitação tem a ver com ele? Ela quer esquecê-lo. Na semana passada teve ciúmes. Também teve esperança. Um reboliço de emoções num coração desajeitado. Ela precisava de sentir o amor, de sentir o abraço. Já há muito tempo que não era abraçada daquela forma. Ela precisava de viver a cores, mas ao mesmo tempo para esquecê-lo tinha que viver a preto e branco, gestos automáticos, sem sentir...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

domingo

3 da manhã e ela não conseguia dormir. Hoje foi correr para cansar o corpo. Mesmo assim... Escrevia. Relaxava-a. Era uma forma de despejar pensamentos. Andava inquieta. Precisava de partilhar coisas. Às vezes a solidão pode ser demasiado. Na maioria das vezes vivia bem com isso, já fazia parte há algum tempo. Noutras era quase doloroso. Sentia falta de um abraço apertado que confortasse a alma. Aquele abraço. Sentia falta de se aninhar. Sentia falta de um beijo, ao de leve, no pescoço e nos olhos. Sentia falta de partilhar os momentos. Coisas simples.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Chegou a casa e trazia um vazio com ela e a casa estava vazia. Às vezes apetecia-lhe encontrar alguém em casa que a aconchegasse. Encheu a banheira de sais e espuma, acendeu uma vela, pôs o cd de Portishead e enfiou-se lá dentro na esperança de curar os males da alma.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

mortinha por chegar a casa

Ontem foi mais uma noite de domimgo às voltas. Jantou tarde, mas soube-lhe bem. A seguir tomou um chá de camomila para fazer melhor a digestão e para dormir melhor. Foi para a cama, o cansaço era algum, mas não dormia. Depois de algumas voltas foi fazer um chá de cidreira...Viu um pouco de televisão até começarem as televendas que gostava de ver. Voltou para a cama. Continuou às voltas, levantou-se e foi fazer um chá de tília, na esperança que lhe passasse aquela má-disposição. O chá fez efeito, fê-la vomitar o jantar, duas vezes. Já se começava a sentir melhor. Voltou para a cama, levou o retrato do Louis Armstrong qu andava a fazer há muitos meses, da última vez tinha-a acalmado e chamado o sono. Quase não conseguia abrir os olhos, mas ainda leu uma ou duas páginas do livro que andava em cima da cama ultimamente. Apagava a luz e esperava adormecer a qualquer momento. isso não aconteceu. Levantou-se e foi aquecer leite e misturou-lhe chocolate. Dizem que o leite é bom para adormecer. A seguir voltou para a cama e não se lembra de adormecer. Sonhou muito, às vezes acordava e voltava a cair no mundo dos sonhos. Passado algum tempo, o despertador tocou e ela obrigou-se a levantar. Quando saiu de casa desejou ser final do dia para poder descansar...estava mortinha para chegar a a casa.

terça-feira, 26 de abril de 2011

coisas

Ontem ela não dormiu, teve uma terrível insónia. De manhã, só pensava em como estava cansada e desejava urgentemente chegar sã e salva a casa. O dia foi menos doloroso do que tinha imaginado, passou a uma velocidade normal. O F. fazia anos. No final do dia perguntou a alguns colegas de trabalho se queriam ir beber um copo depois do trabalho. Ela aceitou. A anterior urgência para chegar a casa passou a moderada urgência e depois para algo que não era assim tão urgente. Foram uns bons momentos de convívio. Ela continuava sem conseguir lê-lo, às vezes haviam sinais, outras vezes ela achava que era tudo imaginação dela. Mas no fundo, ela sabia que eles tinham demasiadas coisas em comum, será que também sentiam o mesmo? Desejou muito receber uma mensagem dele, o que não aconteceu. Então, na curiosidade de ter uma confirmação de um nada qualquer, enviou ela uma mensagem "Muitos Parabéns F. Gostei muito do bocadinho". Ela hesitou bastante antes de enviar a mensagem.. mas depois de reflectir que aquelas palavras não iriam prejudicar, na perspectiva dela, a relação profissional com o F. e enviou. Ela tinha aquele pensamento de que se deve tentar sempre, nunca desistir, seguir  a intuição, neste caso de forma delicada e pensada. Ele não respondeu. Ela não se importou, pois teve a confirmação que precisava. Entretanto, passaram 6 meses desde que ela se apaixonou pela primeira vez por ele. Ela não é pessoa de desistir, mas também não é pessoa de correr atrás quando não há reciprocidade. Mas tanbém não desistiu sem tentar.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

demasiado

Tinha chegado a casa com o peso do mundo às costas...sentia um vazio tremendo.O amor doía-lhe demasiado. Apetecia-lhe tirar a alma e descansar o corpo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ultimamente

Ultimamente ela andava mais feliz, menos perdida, a vida ia ficando mais leve.Tinha decidido esquecê-lo. Passava menos tempo no local de trabalho. Agora ia almoçar a casa. Isso fazia-a feliz, apesar de ser em parte mais cansativo,dava-lhe mais liberdade. Apesar disso, continuava a cruzar-se com ele nos interstícios do dia. Até tinham os mesmos gostos no vestir, hoje foram os dois com uma camisola preta às riscas brancas..coincidências. Às vezes ela ria por dentro.Quando falava com ele, ela amáva-o. Amava-o também no silêncio que se fazia às vezes entre os dois. Era um silêncio incomodativo, agitava-os, eles não podiam fazer nada. Ela às vezes não tinha dúvidas que ele era a metade dela. Nunca tinha encontrado ninguém com tantas coisas aparentemente iguais. À noite sonhava com ele, sonhava que finalmente cediam e se beijavam. Não era fácil esquecê-lo, mas agora ela encarava o que sentia lá dentro com uma naturalidade primaveril. Já não ficava tão agoniada e com a barriga às voltas, com suores frios. Apesar do grande amor que estava lá dentro, ela mentalizou-se que era algo que não se podia concretizar e tinha que viver com isso. Era bom apenas olhar para ele...era bom sentir o que sentia. Nem sempre se consegue sentir assim. É preciso não estar à espera para acontecer.

terça-feira, 22 de março de 2011

...

O fim de semana foi complicado. Há coisas que aparentemente normais, mexem profundamente com ela. Para não estragar a festa, ela entrou no filme...e falou ao telefone com o pai. Já não falavam há 7 ou 8 anos. A voz dele estava imensamente triste, ao contrário, ela falou com ele com tamanho despreendimento, como se ele fosse um estranho que ele é. No dia seguinte, ela começou a sentir o peso na alma daquela farsa toda. Sentiu-se infeliz, chorou. Há feridas que não se deviam abrir. A intenção dela era abrir a alma, desbloquear, perdoar. Mas isso ainda a perturbou mais. Foi pior o remédio que o soneto. Há coisas que devem ficar adormecidas. Doem menos.

quinta-feira, 17 de março de 2011

rewind III

[10Março2011]
Se há dias em que ela não devia sair de casa, este foi sem dúvida um deles…aqueles dias em que tudo acontece e continua a acontecer safa…que chegue o dia de amanhã. No trabalho, foi asneira sim, asneira não, se ela tivesse um buraco tinha saltado sem hesitar lá para dentro. Às vezes queremos fazer as coisas, termos iniciativa, concretizar e sai tudo ao contrário. Hoje foi daqueles dias em que ela se sentiu frágil, muito frágil, um vento maior e ela partia-se em vidrinhos no meio do chão….No trabalho, é difícil concentrar-se…a história é a mesma, mas começa a mudar. Cada vez mais tem a certeza que é tudo uma ilusão da cabeça dela, hoje ele fê-la sentir-se mal, ele não teve paciência, foi acre, e isso enfraqueceu-a e fortaleceu-a mais.”O amor é um contentamento descontente.”. Ela começa a conseguir lê-lo, agora que começa a pôr em causa o que sente. Ontem…ficou envergonhada…é normal andarem sempre a cruzar-se, ela vai a sair, ele vai a entrar, ela vai ao bar fora de horas, ele está lá, ele vai ao bar fora de horas, ela está lá, ontem conversaram, não é habitual, pois normalmente ficam em silêncio, depois de alguns momentos sem nenhum som, começaram os dois a falar ao mesmo tempo, só para deitar umas palavras fora, coisas sem interesse imediato. A conversa acabou e passado um momento disseram os dois a mesma coisa, ao mesmo tempo. Ela ficou envergonhada e baixou o olhar, corou. Por dentro só lhe apetecia rir às gargalhadas e perguntar “O que é isto?”. Ela sabia que este tipo de coisas não acontecia assim com frequência, mas para quê mais ilusões.

terça-feira, 15 de março de 2011

rewind II

[2Março2011]
Escrever alivia-lhe aquela dor que sente cá dentro. Depois de 5 anos sem ninguém, agora sentia demasiado. Ela pensava nele a toda a hora, como dizia a canção. Era difícil trabalhar perto dele e amá-lo tanto. Ela não podia escolher não sentir. Por vezes, ela encontra sinais nele, mas é provável que seja imaginação dela. Ele é muito difícil de ler. Ela tenta disfarçar ao máximo, muitas vezes ignora-o para não dar nas vistas. Ela ama assim…o corpo faz o contrário do que o coração sente. Às vezes ela sente no silêncio dele, que ele quer dizer alguma coisa, mas ele não diz nada e fica aquela tensão no ar ou não fica nada…Ela já não se sentia assim há muito tempo. Ele é um novo alento na mente dela. Só o mundo dela sabe disto. Todos os dias ela luta contra amá-lo, mas ele já está impresso dentro dela, sem saber…

rewind I

[28Fev2011]
A tensão estava no ar. Ela sentia. Ele sentia. Ela não dizia nada. Ele também não. A tensão continuava no ar. Ela saiu, doía-lhe a barriga, o coração disparava, tinha suores frios. Só havia uma maneira de libertar essa tensão. O desejo contido que estava no ar. Ela não se conseguia concentrar. 

 

Ventos de sorte

Entretanto passou algum tempo, alguns sonhos e  buscas de outrora concretizaram-se. Encontrou o espaço dela, é melhor do que algum dia tinha imaginado. Sente-se feliz com isso. Já dorme melhor.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Parvoíces da meia-noite

Ela escreve mais qualquer coisa, enquanto espera que a máquina de lavar roupa acabe o programa. São 23:31...por ela tinha sido mais cedo, mas nem tudo depende dela. Hoje foi mais um dia de trabalho bom e de busca pelo novo ninho. Uma busca à pressão. Rondam umas energias muito negativas por ali. Aquilo que pareceu fantástico inicialmente revela-se agora um desconforto constante. As coisas estão sempre a mudar, é mesmo assim a vida. Já nem se preocupa em demasia, não vale a pena. É tão bom escrever, mesmo nada que interesse. A sensação de despejar a alma é boa. E ninguém tem que levar com ela. Só esta folha de papel virtual. Tem de esperar mais umas dezenas de minutos. Estranhamente, a vida agora faz mais sentido. (...) Sente que a qualquer momento vai ser descoberta :) tem que disfarçar os olhares envergonhados, o não se sentir completamente à vontade quando está perto dessa  pessoa. Ele é igual aos outros, tem que pensar assim. Mas não é. É um segredo só dela.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dói-lhe a alma

Acabou de ter um momento premium. Passou o dia cheia de frio e ao mesmo tempo confortável, e não foi dos dias mais frios. Chegou a casa e foi directamente para debaixo do chuveiro para sentir a água a escaldar no corpo frio. A temperatura corporal dela foi aumentando e aqueceu. Depois aqueceu água e preparou uma chávena de Ceralac. Hummm...divinal, absolutamente divinal. Aproveitou e tomou o comprimido que a tem livrado das insónias. São 19:17 e já está na cama, a escrever, mas absolutamente quentinha e confortável, tão bom!!Ao mesmo tempo ouve os vizinhos de cima, como se estivessem sentados numa mesa de café mesmo ali no canto do quarto dela. Pensa que as causas das suas insónias têm muito a ver com o quarto que arranjou há pouco tempo, desde que comecou a trabalhar aqui. Enfim, mora no rés-do-chão, o que é estranho para ela...não se sente muito confortável por isso. Falta-lhe a privacidade de um 2º ou 3º andar. Ouve o carro do lixo durante a noite, acorda com os pingos da chuva a baterem no passeio encostado à parede do quarto, vê as pessoas a passarem à sua frente quando lava a loiça na cozinha. Não se sente protegida nem segura. Já começou a busca por um estúdio acolhedor, o que é muito difícil de encontrar. Ou mesmo um T1. Precisa de voltar a dormir, os comprimidos não duram para sempre. Enfim desde aquela semana em que quase não dormiu.... A semana passada foi uma maravilha, dormiu todas as noites com a ajuda das cápsulas que relativizam o tempo. Foi bom, mas tem a desvantagem de provocar falta de memória.É incrível, desde 2005/2006 que anda a falar do ano de 2010 e foi precisamente nesse ano que  arriscou tudo e mais alguma coisa, foi em busca da aventura de ir viver num país estrangeiro, em busca da concretização profissional, regressou sem ela... mas com uma nova experiência. Depois, as expectativas eram poucas e foi aceitando e  vivendo as coisas sem desejar muito, sem querer muito. Foi agarrando as  oportunidades, mas sem grandes esperanças, visto já ter recebido muitas respostas negativas, a maioria sem resposta. Também não gostaria de trabalhar em empresas que tratam assim as pessoas. No final do ano, uma feliz coincidência aconteceu. Costuma receber as newsletters do local onde trabalha hoje. Nesse dia, por uma qualquer coincidência abriu a newsletter  e era o último dia para concorrer e nas duas horas seguintes foi uma correria para reunir todos os documentos, ir aos correios e depois trabalhar num part-time que tinha. Passada um semana foi à entrevista e passados dois dias recebeu a resposta positiva. Ainda só passaram 2 meses e já aprendeu tanta coisa aqui. O ambiente de trabalho é bom, identifica-se com as pessoas. Depois de ter passado por algumas experiências menos positivas, dá muito valor aquilo que tem agora. Enfim, afinal 2010 acabou por ser o ano do início de qualquer coisa. Nesse ano, mais precisamente no dia 15 de Novembro 2010, apaixonou-se. Não vai desistir, há dias em que dói mais do que outros. A dor de um amor não correspondido. Mas é uma boa motivação. Amar já é uma coisa muito boa, pelo menos começa-se a sentir viva novamente. Há algum sentido, não todo. Por estas razões  e por outras, devia conseguir dormir, certo? Vai ver como as coisas correm. É bom escrever.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Insónias

Ela já perdeu a conta às insónias dos últimos tempos...dia sim, dia não. Basta pensar por breves segundos que não vai conseguir dormir...que é o suficiente para passar a noite em branco, passar pelas horas a agonizar. São 6 e 38 e  levanta-se daqui a uma hora aproximadamente. Mais um dia de irrealidade....amanhã recorre à medicação. Entretanto, está a pensar em ir a uma consulta de sono. Não é normal,  nem sequer tem a cabeça a mil, é só uma grande dificuldade em fazer a transição para o mundo dos sonhos.