sexta-feira, 20 de maio de 2011

fim de tarde

Ela precisava de se enebriar. Todos os dias aprendia a amá-lo mais. A conhecer os bocadinhos que ele deixava perdidos no ar. Ele não dizia nada, o olhar dizia tudo. Mas também dizia que não podia ser. Ela às vezes esperava que o telefone tocasse. Mas nunca tocava, nem ia tocar. Ela sabia. Mas mesmo assim tinha esperança. A dor de amá-lo consumia-a, o peito ficava apertado. Imaginava, que no último dia que ali estiver lhe sussurraria ao ouvido: "Amei-te todos os dias, desde o primeiro dia que te vi". Sente a face dele, o pescoço, roça neles devagarinho. ela deseja-o muito. Ela já nem disfarça, não vale a pena. Ninguém repara. Ela apesar de não disfarçar, é discreta. Ela às vezes diz parvoíces, às vezes está feliz, ele não diz nada, só observa. Ela gosta de sentir isto, fá-la sentir mais viva, mas ao mesmo tempo...quando é demasiado doloroso foge dele.

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