segunda-feira, 16 de maio de 2011

3:13

Já se estava a tornar um hábito...vir escrever aos domingos, ou melhor, madrugada de segunda-feira. Quando está  quase a desmaiar de sono, aparece uma ansiedade que a deixa a tremer dos pés à cabeça. O coração começa a bater desalmadamente. Ela abre a gaveta da mesa de cabeceira e tira metade de um comprimido para a ansiedade e toma-o. Sente logo o efeito placebo, aquele gesto acalma-a. Escrever também a acalma. Ela não sabe de onde vem aquela inquietação de domingo à noite... não tem a ver com o trabalho, pois tem-se sentido bem ali, sente-se em família e gosta. Será que esta inquitação tem a ver com ele? Ela quer esquecê-lo. Na semana passada teve ciúmes. Também teve esperança. Um reboliço de emoções num coração desajeitado. Ela precisava de sentir o amor, de sentir o abraço. Já há muito tempo que não era abraçada daquela forma. Ela precisava de viver a cores, mas ao mesmo tempo para esquecê-lo tinha que viver a preto e branco, gestos automáticos, sem sentir...

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