sexta-feira, 12 de agosto de 2011

delA

Saiu do trabalho que a esvaziava e voou até à praia. Tinha descoberto um agradável barzinho de madeira junto à praia. Pegou no livro e entrou. A sala com as janelas cheias de mar estava vazia. Sentou-se e contemplou o mar, a areia, o sol. Pediu algo para beber e comer e começou a ler. O livro era delicioso. Ela costumava sublinhar as linhas com as quais se identificava. Eram quase todas. Era capaz de ler este livro várias vezes ao longo da vida….o livro dos homens sem luz. Fumou um cigarro. Ela adorava aqueles momentos de descontracção. Eram os momentos dela. Em frente à praia, viu alguém a vir em direcção ao bar…ela não conseguia vê-lo nitidamente, o sol encadeava-a, via uma espécie de sombra. Parecia ele, o andar dele, as mãos dele, a expressão dele. O coração disparou perante essa possibilidade. Tentou voltar ao livro. Não conseguiu. Desconcentração. Pegou nas coisas e saiu com coração nas mãos.

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