Ela não gostava de ver a casa a ficar vazia. Apetecia-lhe arrumar tudo o que faltava e ir embora. Era demasiado triste. Ela tanto tinha aversão à mudança, como precisava dela para sobreviver. Neste momento, eram as duas coisas. Este sítio já não tinha nada para ela. Era como se a corda que fora grossa e forte há uns meses atrás se estivesse a desfiar a cada dia que passa. Não, ainda não era agora que ia assentar e ficar. Não. Qualquer coisa a empurrava para o verdadeiro sonho dela. E ela não podia fazer nada, senão ir.
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