sábado, 4 de junho de 2011

demasiado

Foi até à praia, era um previlégio trabalhar a uns kilómetros da praia. Levou com ela companhia, um bloco de desenho, um mapa e um livro. A praia estava cheia, ela passou  ao lado e dirigiu-se para um porto de abrigo. Um paraíso à beira mar, que provavelmente tinha aberto há um dia atrás e estava deserto, exactamente como ela tinha desejado. Um recanto no meio da multidão.E aí ficou algumas horas a desenhar e a ouvir o som do mar. O empregado de mesa, sorria de vez em quando, ela sorria também. Levantou-se e foi até à praia que estava quase deserta...maravilhoso. Sentou-se encostada ao muro a olhar para o mar e a procurar no mapa as próximas praias perto dali que ía explorar. Já não devia faltar muito para o sol se pôr. Leu um pouco ao som das ondas e aconchegada pelo calor. O sol já estava a descer lentamente ela foi andar junto à praia, poucos eram os que esperavam pelo momento da noite chegar, caminhou, fotografou, molhou os pés, respirou o pôr do sol e agradeceu. Já com a noite a cair, voltou, caminhou na areia. Ao sair da praia, olhou para um estranho que estava dentro de um café, não o conseguia ver nitidamente, a cortina semi-opaca escondia. Ele também olhava para ela, mas ela não o conseguia ver, mas sabia que era ele. O frio que sentia, passou a calor, o coração disparou desalmadamente, apressou-se e desapareceu dali o quanto antes, era demasiado. Entrou no carro e foi para casa com uma vontade de rir e de chorar e de gritar de amor.

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