quinta-feira, 17 de março de 2011

rewind III

[10Março2011]
Se há dias em que ela não devia sair de casa, este foi sem dúvida um deles…aqueles dias em que tudo acontece e continua a acontecer safa…que chegue o dia de amanhã. No trabalho, foi asneira sim, asneira não, se ela tivesse um buraco tinha saltado sem hesitar lá para dentro. Às vezes queremos fazer as coisas, termos iniciativa, concretizar e sai tudo ao contrário. Hoje foi daqueles dias em que ela se sentiu frágil, muito frágil, um vento maior e ela partia-se em vidrinhos no meio do chão….No trabalho, é difícil concentrar-se…a história é a mesma, mas começa a mudar. Cada vez mais tem a certeza que é tudo uma ilusão da cabeça dela, hoje ele fê-la sentir-se mal, ele não teve paciência, foi acre, e isso enfraqueceu-a e fortaleceu-a mais.”O amor é um contentamento descontente.”. Ela começa a conseguir lê-lo, agora que começa a pôr em causa o que sente. Ontem…ficou envergonhada…é normal andarem sempre a cruzar-se, ela vai a sair, ele vai a entrar, ela vai ao bar fora de horas, ele está lá, ele vai ao bar fora de horas, ela está lá, ontem conversaram, não é habitual, pois normalmente ficam em silêncio, depois de alguns momentos sem nenhum som, começaram os dois a falar ao mesmo tempo, só para deitar umas palavras fora, coisas sem interesse imediato. A conversa acabou e passado um momento disseram os dois a mesma coisa, ao mesmo tempo. Ela ficou envergonhada e baixou o olhar, corou. Por dentro só lhe apetecia rir às gargalhadas e perguntar “O que é isto?”. Ela sabia que este tipo de coisas não acontecia assim com frequência, mas para quê mais ilusões.

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