quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ela fazia biscoitos de gengibre para chamar o amor. Aquilo que sentia estava cada vez mais presente de dia para dia, só ia descobrindo formas diferentes de lidar com isso. Nunca esteve tão próxima de alguém, mesmo não estando.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ela tinha-o impresso na mente. Os olhos, a pele, as marcas na pele, o sinal, o nariz, as feições, as rugas, os lábios, o sorriso. Esta semana estava a ser intensa dele. Isso atordoava-a.
Ela não conseguia olhar para ele porque tinha medo de beijá-lo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

hoje

Hoje estiveram tão perto que se podiam ter beijado. Ela escutava-o com atenção e só conseguia olhar para a boca, os olhos, a pele. De vez em quando desviava o olhar. Era demasiado. Sentiu-se.

domingo das insónias

Ela já sabia que ía ser difícil adormecer. Então tomou algo para acalmar lá dentro. Ela não sabia porque é que isso acontecia, não via motivos para tal. Sentia-se bem no trabalho, inconscientemente alguma coisa a perturbava.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

As primeiras férias

Apesar de já ter tido férias noutras alturas, estas sabiam-lhe às primeiras. Estava na casinha dela. Apesar de serem férias, trataram-se de assuntos pendentes...carro, médico, exames. Visitaram-se amigos e regressou-se à base. Ter mudado de ares, acalmou-lhe o coração. Já não sabia se sentia a falta dele. Sentia a falta de algo, é certo.

sábado, 4 de junho de 2011

equlíbrio

Na manhã seguinte sentiu uma raiva dela própria por ser tão tonta. De acreditar em sonhos e fantasias. De se deixar enebriar pelo que sentia. Ficou desconsertada. Mas apesar de saber que não havia nada ali, não conseguia deixar de amá-lo. Às vezes não conseguia perceber certas coisas, a fotografia, o olhar que não mente. As palavras meigas. O ar rude. A preocupação. A namorada que parecia não existir. Por um  lado ela queria tudo, por outro não queria nada. Pois assim bastava, senão a balança ficava desequilibrada.

demasiado

Foi até à praia, era um previlégio trabalhar a uns kilómetros da praia. Levou com ela companhia, um bloco de desenho, um mapa e um livro. A praia estava cheia, ela passou  ao lado e dirigiu-se para um porto de abrigo. Um paraíso à beira mar, que provavelmente tinha aberto há um dia atrás e estava deserto, exactamente como ela tinha desejado. Um recanto no meio da multidão.E aí ficou algumas horas a desenhar e a ouvir o som do mar. O empregado de mesa, sorria de vez em quando, ela sorria também. Levantou-se e foi até à praia que estava quase deserta...maravilhoso. Sentou-se encostada ao muro a olhar para o mar e a procurar no mapa as próximas praias perto dali que ía explorar. Já não devia faltar muito para o sol se pôr. Leu um pouco ao som das ondas e aconchegada pelo calor. O sol já estava a descer lentamente ela foi andar junto à praia, poucos eram os que esperavam pelo momento da noite chegar, caminhou, fotografou, molhou os pés, respirou o pôr do sol e agradeceu. Já com a noite a cair, voltou, caminhou na areia. Ao sair da praia, olhou para um estranho que estava dentro de um café, não o conseguia ver nitidamente, a cortina semi-opaca escondia. Ele também olhava para ela, mas ela não o conseguia ver, mas sabia que era ele. O frio que sentia, passou a calor, o coração disparou desalmadamente, apressou-se e desapareceu dali o quanto antes, era demasiado. Entrou no carro e foi para casa com uma vontade de rir e de chorar e de gritar de amor.