segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sei lá

Precisava de escrever. Cortou com os comprimidos que a deprimiam até às entranhas. Se não a faziam dormir, what's the point? No dia a seguir, a depressão passou e voltou a ser ela. Ela era mesmo assim, não era daquelas pessoas efusivas e extrovertidas. Normalmente não falava muito, mas quando conhecia bem as pessoas ou estava para aí virada era capaz de falar pelos cotovelos. A vontade de desenhar voltou. Continua sem conseguir dormir, mas voltou aos comprimidos que a faziam dormir, mas que cortam a reacção no day after. Era melhor assim do que não dormir. Como diz um escritor que adnira muito, Do mal o menos.
Mas hoje apeteceu-lhe escrever por duas razões. A primeira foi ter paralisado quando falava com ele, só conseguia olhar para ele, as palavras não lhe saiam, ele olhava para ela, ela olhava para ele e bloqueava. Sentiu-se ridícula depois e riu muito por dentro. A segunda razão não tem nada de feliz, a tristeza da perda de alguém, saber que alguém que conhecemos estará devastado de dor com a perda de uma parte dele. A vida é uma estupidez.

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