segunda-feira, 4 de junho de 2012

Já não conseguia dar mais voltas na cama. Apesar de não ter dormido nada, às 6 e pouco da manhã levantou a persiana e deixou entrar a luz. Se tivesse um cigarro , fumava a ver o amanhecer. Isto enlouquecia-a ' so to speak'. Depois de tomar ansiolíticos durante o dia e à noite, depois de um duche antes de dormir, depois de ter visto 2 episódios de Touch, depois de ter ido ler para a cozinha às 5 da manhã, depois de ter bebido leite reconfortante, depois de ter escrito...Nada. Esta inquietude do amor dava cabo dela. Não era o trabalho que a inquietava, era o amor. Depois de ter passado 1 ano e 7 meses, o sentimento tendia a aumentar cada vez mais, apesar de todos os esforços em contrário. Estranhamente, sentia o amor cada vez mais perto dela, apesar de ser totalmente e aparentemente não correspondido. Cada vez estava mais intenso, cada vez desejava mais abracá-lo, beijá-lo, abraçá-lo com força, senti-lo junto dela. E cada vez tinha que ignorar mais isso. Às vezes, passava-lhe pela cabeça sair daqui, para não sofrer assim todos os dias.Afastar-se, talvez esquecer. Longe da vista, longe do coração.

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